Título: blogs e as práticas de escrita sobre si na internet
KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas sobre si na internet. In: MARCUSCHI, Luís; XAVIER, Antônio Carlos (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.
Introdução: O presente texto está incluso no livro “Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido” organizado por dois autores importantes no ramo da Linguística, o primeiro Luís Antônio Marcuschi possui graduação em Philosophisches Seminar Departamento de Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1968), doutorado em Letras pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander) (1976) e pós-doutorado pela Universitat Freiburg (Albert- Ludwigs) (1988).
Marcuschi tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística. Atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia da Linguagem, Metodologia, Epistemologia, Lógica. É Professor Titular em Linguística do Departamento de Letras da UFPE, lecionando na Graduação e na Pós-Graduação. Na UFPE, criou o Núcleo de Estudos Linguísticos da Fala e Escrita (NELFE). É um dos fundadores da ANPOLL. Membro de várias associações científicas nacionais e internacionais no âmbito da linguagem. Possui uma vasta publicação entre artigos e livros, sendo muito deles pioneiros na área da Linguística, dentre eles podemos citar: Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização. 1ª. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2001; Análise da Conversação. 5ª. ed. São Ppaulo: Ática, 1999. 96 p.; REDATORES, E. (Org.). Língua Portuguesa - Telecurso 2000 - 1 Grau -. Rio de Janeiro: GLOBO, 1995.
O outro organizador Antônio Carlos Xavier é professor Titular em Linguística do Departamento de Letras da UFPE. Graduado (1991) e mestre em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (1995) e doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atua nas áreas de Linguagem e Tecnologia, Semântica, Pragmática, Filosofia da Linguagem e Linguística de Texto. Orienta trabalhos de mestrado e doutorado nas linhas de pesquisa: Linguagem, Tecnologia e Ensino e Análise Sócio-Pragmática do Discurso. Realiza pesquisas com os temas: Hipertexto, Tecnologia, Letramento, Retórica e Cultura digital todos voltados para a construção de teoria e prática de formação docente. É fundador e primeiro presidente da Abehte (Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional). Atualmente é conselheiro da Abehte e coordenador do Grupo de Pesquisa Nehte (www.ufpe.br/nehte).
Fabiana Cristina Komesu autora do artigo “Blogs e as práticas de escrita sobre si na internet”, é doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Graduou-se em Jornalismo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 1997 e obteve título de Mestre em Linguística pela UNICAMP em 2001. Entre 2002 e 2003, realizou um estágio de doutoramento acompanhado pelo professor Dominique Maingueneau na Universidade de Paris XII, França. Tem publicado artigos sobre a questão dos gêneros de discurso e a atividade de escrita na internet, entre eles, o mais recente, incluído no livro Estilo e gênero na aquisição da escrita (Komedi, 2003).
Resumo: Trata da importância da utilização das tecnologias digitais, atentando para o que diz respeito e está relacionado aos elementos linguísticos que emergem do trabalho do escrevente/leitor das páginas hipertextuais. O texto traz ideias que afirmam que as tecnologias digitais e as produções ligadas á internet, são de fundamental relevância, visto que a sua importância está baseada na atividade de escrita, nesse sentido o texto reforça a ideia da criação do software e do blog que fora concebido como uma alternativa popular para a publicação de textos on-line. O texto ressalta que o blog é concebido como um espaço em que o escrevente pode expressar o que quiser na atividade da escrita, para isso o escrevente pode se utilizar de tudo que um texto veiculado pelo meio de comunicação chamado internet dispõe como, por exemplo, imagens e sons, sendo que a ferramenta empregada possibilita ao escrevente a rápida atualização e a manutenção dos escritos em rede, além de proporcionar a este a interatividade com o leitor de páginas pessoais.
Crítica: Fabiana Cristina Komesu, a autora do artigo Blogs e as práticas de escrita sobre si na internet, enfatiza em seu texto que o termo blog é uma redução do vocábulo weblog, que poderia ser traduzida por “arquivo na rede” e o surgimento desse formato de site ocorreu em agosto de 1999, quando o empresário Norte Americano Evan Willians criou a ferramenta blogger. Rapidamente, esta se tornou um rápido instrumento de escrita na internet, uma vez que não exige de seu utilizador conhecimento especializado em softwres ou linguagem específica para a construção de uma página.
A autora discorre em seu texto sobre a importância do suporte material e a publicação de escritos pessoais expostos na grande rede de acesso público e como esses escritos contribuem para o surgimento de um “gênero de discurso” materializado no espaço virtual. Segundo a autora o hipertexto da internet opera como um suporte digital que possui muitas formas de expressão como por exemplo: sons e imagens.
A coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional, docente de cursos on-line e doutora em Linguística Aplicada pela PUC-SP, Betina Von Staa, em seu artigo “Sete motivos para um professor criar um blog”, diz que blog trata-se de um site cujo dono usa para fazer registros diários, que podem ser cpomentados por pessoas em geral ou grupos específicos que utilizam a internet. Em comparação com um site comum oferece muito mais possibilidades de interação, pois cada post (texto publicado) pode ser comentado.
Nesse sentido a autora deste artigo destaca sete motivos pelos quais um professor deveria criar um blog, sendo eles: é divertido, aproxima professor e os alunos, permite reflletir sobre suas colocações, liga o professor ao mundo, amplia a aula, permite trocar experiência com os colegas e torna o trabalho visível.
Vale ressaltar que a autora Betina Staa, desenvolve uma ideia muito relevante, pois a utilização da internet por alunos e professores sobre novos caminhos no sentido de condicionar novas práticas para a escrita e a leitura de páginas hipertextuais. Por meio de links, textos escritos, imagens e sons podem ser associados de modo não linear em um “mundo textual sem fronteiras”.
Ao analisarmos o texto de Luís Antônio Marcuschi, podemos entender que os blogs funcionam como um diário pessoal na ordem cronológica com anotações diárias ou em rempos regulares que permanecem acessíveis a qualquer um na rede. Para o autor, os blogs, por sua capacidade criadora e pelo tipo de temática e motivações que carrega, poderiam ser considerados como uma incubadora de internautas com interesses comuns.
O autor ainda nos faz refletir sobre ideias com relação a escrita dos bate-papos no sentido de que a mesma tende a ser mais abreviada, entretanto, ele afirma que essas abreviaturas são passageiras e servem apenas para aquele momento.
Marcuschi faz indagações de que modo as novas tecnologias eletrônicas afetam nossos hábitos de ler e escrever, e ressalta que uma das ideias mais comuns aos que trabalham a relação entre a linguística e as novas tecnologias da comunicação, em especial a computacional, é a que diz respeito à relação fala e escrita, quanto a isso, parece claro que a escrita nos gêneros em ambientes virtuais se dá em uma certa combinação com a fala, manifestando um hibridismo ainda não bem conhecido e muitas vezes mal compreendido.
Observa-se que uma das discussões mais frequêntes com relação a blogs e bate-papos no meio de comunicação da internet, é a preocupação com a escrita, Marcuschi diz que há quase um consenso em que a área na qual mais se verifica a presença e a força da computação no contexto da língua, é a escrita, segundo esse autor, trata-se de um “novo espaço da escrita”, é uma nova relação com os processos da escrita, é o que se chama de novo letramento, isto porque a escrita é base da internet.
E o autor finaliza sua apreciação enfatizando que tudo indica que está se constituindo um novo formato de escrita em relação mais íntima com a oralidade do que a existente, contudo, há inovações, sobretudo pela apontada razão da produção ser síncrona.
Fabiana Komesu comuga deste mesmo pensamento de Marcuschi ao fazer referência a emergência de uma relação temporal síncrona na produção de blogs e conclui dizendo que a questão da interatividade atribuída ao suporte é inegável, seja, na relação entre usuário e a máquina ou nas relações interpessoais que se procura estabelecer na rede.
REFERÊNCIAS
HTTP:// PT. wikipédia.org/wiki/ Luiz Ant% C3%B4nio Marcushci
Acessado em: 16/04/2011 às 20:00 hs.
Acessado em l6/04/2011 às 20h40min
Acessado em 16/04/2011 às 21h20min
MARCUSHI, Luiz; XAVIER, Antônio Carlos: (orgs). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentidos. 3ª Ed. S. Paulo: Cortez, 2010.
Dessa resenha o que ficou entendido sobre blogs e suas características?
ResponderExcluirPudemos compreender por meio dessa resenha que Blog é diferente de diario como muitos pensam. Apesar de terem algumas caracteristicas em comum. Só para apontar uma diferença o depoimento postado nos Blogs pode ser acessado pelo mundo inteiro, já o diario tradicional fica guardao a "sete chave". É claro que em alguns casos sao publicado até livros com o conteudo desses diários.
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